domingo, 23 de maio de 2010

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Era uma noite tão dele. Não quis sair com os amigos, não quis vestir-se. Não quis sair de casa. O céu anunciava estrelas escondidas e a lembrança de uma lua. A casa estava tão vazia quanto seu coração. Era uma noite tão dele. Não sabia se deitava no sofá. Se lia um livro. Se assistia algum filme qualquer na tv. Fumava aos cantos, e andava aos montes. Ia de quarto a quarto, cozinha, sala, tudo, tudo. Pensava em reter tudo. Recebia benção de uma energia triste e cambaleante que passeava por ali. Quis escrever alguma coisa. Não sabia por onde começar, nem o que dizer. Experimentava o vão do ser. Não é possível gritar no vácuo. Sabia que era uma noite sua. Indefinível como deveria ser.
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