segunda-feira, 8 de outubro de 2007

...

Quando eu nasci um anjo tarado
me visitou
assim meio pelado.
Cheio de luz, e com músculos,
esse ser alado.
Me destinou, me deu uma bossa
Soltou a profecia
com voz grossa
Disse assim: um desviante!
Eterno torto amante
sem gosto para o possível,
perversão em alto nível.
Me falou o ser danado:
Vais te ser,
ingênuo safado.
Com coração escrito:
Frágil!
Com desejo escrito:
Trágico!
E amenizou, negando maldade
Chamou também de santidade
Me pegou feito um herói.
Não resistiu, o go-go boy
Veio me beijar o traseiro
mas lambeu o corpo inteiro.
E se foi, pelo quintal
Com as asas, a luz
e a sunga angelical.
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