domingo, 18 de outubro de 2009

...

já me vejo
velho amargo.
se não houver inveja
sorte do mundo
pois serei mesmo
um bruxo
com poções possíveis
menos a do poder
de cessar este fim.

já me vejo
criança isolada
alma penada
barulho irritante
e muito mais
mais muito
enebriante
que eu, asqueroso
um ébrio conflitante.

Sem poesia para ler
sem voz de declamar
ou afetos a clamar
nem cuidados, tratos
maus tratos
acho mesmo
que seria algo assim,
apesar de evocar
tão disinto fim,
é destino, é assim!
.
.
.

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