sábado, 31 de julho de 2010

alguns antigos...

ame sem saber o que
nem onde
perca-se do porquê
sem face ou motivo
camisa ou sentido
quando se ama
é porque a
contradição
da gente
está do lado de lá
.
.
.
me seria árvore de folhas
se pudesse
muitos galhos para passarinhos
folhas verdes, amarelas
folhas, inhos
e muita seiva desejada
forte, bruta
lambuzada
se preciso
me outonaria de tristeza
acabada, despencada
se visse logo bobagem! me
afloraria
bela e sombreante
a todos deixaria trepar
recostar
seria assim
ninhada
tranquila
toda orgulhosa
toda árvore
.
.
. (tem mão da laura aqui)
.
.
.
na dor
tem um pouco
de vaidade
.
.
.
onde está a menina
da poesia?
Rindo no canto
presa na dança
escondida em pranto?
Na ocasião em que a norma perdeu

onde está a poesia
da menina?
Na parede de vista pra todos?
No caderno
no ideal dos rabiscos?
No céu, como um pássaro
que é solto?
No lugar onde sentido se foi

onde estará a menina
da poesia?
A menina
na poesia
.
.
.
Um toque
casual, acidental
permitido, social
é o mais perto
que posso
de você
uma palavra
ato falho
ou burrice
é o mais perto
do conforto
de você
bobeira, coisa aqui
e lá
tem tanta luz
escondida.
tem tanto de você
na minha mente
que não penso em nada
que você não
lá esteja
.
.
.

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