dorme bobo
menino louco
de paixão
que arde
solidão
que tarde
se esvai, que vai
e volta
prende e
solta.
pensa: nunca!
sabe sempre
que nem
é assim
que não
é o fim
que torna! e
retorna para
casa
e abrasa
a cama
e abraça
a dama
perdida
de si mesmo.
perdeu
de sonhar
sumiu
de querer
realizar
mesmo que
ínfimo
contar
mesmo que
íntimo
seu segredo
com sorriso
de canto
com alívio
do pranto.
se cobre
com manto
em sonho
ele some
e dorme
e pronto!
.
.
.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
...
Tenho saudades do tempo
antes deste tempo
de não me ser
sinto falta
de uma falta pura
antes da loucura
de não saber
tenho sido
raptado
por lembranças
criadas
descosturado
por uma saudade
inventada.
.
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antes deste tempo
de não me ser
sinto falta
de uma falta pura
antes da loucura
de não saber
tenho sido
raptado
por lembranças
criadas
descosturado
por uma saudade
inventada.
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.
...
eu sou bem feito
nesse social
mascarado em etiqueta
modelado
em piada
e balelas retóricas
de bar
sou adequado
ao modo
como lida
a moda
como dita
a regra
eu sou bem
concreto
dialógico
um ato ilógico
de concordância
de resto
de dentro
é objeto escuro
cena obscena
sujeito à esmo
intocável
e indizível
eu mesmo.
.
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nesse social
mascarado em etiqueta
modelado
em piada
e balelas retóricas
de bar
sou adequado
ao modo
como lida
a moda
como dita
a regra
eu sou bem
concreto
dialógico
um ato ilógico
de concordância
de resto
de dentro
é objeto escuro
cena obscena
sujeito à esmo
intocável
e indizível
eu mesmo.
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...
o amor está
tão em voga
e eu fico
em voltas
com você
sem saber
nem poder
arriscaria
um ataque
se não tivesse
tantas defesas.
.
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tão em voga
e eu fico
em voltas
com você
sem saber
nem poder
arriscaria
um ataque
se não tivesse
tantas defesas.
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...
os seus pelos
brincando sobre meu corpo
comunicando
um conteúdo latente
uma mensagem indecente
que sua boca
não ousa
que sua palavra
não sabe
e esse pequeno
choque
causado pelo atrito
amaciado
dos seus pelos
abala o querer
cansado
e o pesar
ousado
do meu modo
de mim.
.
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brincando sobre meu corpo
comunicando
um conteúdo latente
uma mensagem indecente
que sua boca
não ousa
que sua palavra
não sabe
e esse pequeno
choque
causado pelo atrito
amaciado
dos seus pelos
abala o querer
cansado
e o pesar
ousado
do meu modo
de mim.
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Correu, feito boba. Rindo um riso que não segura e que envergonha quando normal. Daqueles ruidosinhos. Correu, os braços batendo contra o corpo com o desajeito incomum. Tropeçando poucos sem cair, o que a fazia rir mais ainda. Fazia como quando o olhar escandalizado e normatizante de outrem não tem a força necessária para nos auferir, por mais que tente. Rememorava alguns detalhes desimportantes. E vagueava. Foi-se assim por total. Chegou arfando ares de plenitude e buscando um modo de entrar em casa. Não conseguia esconder seu sorriso.
.
.
.
.
.
.
...
um poema tem sonoridade
uma música
que lhe doa
a qualidade
a palavra tenta
em diversos
mas não consegue
esta noite, por azar
uma marcha fúnebre
me persegue
.
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uma música
que lhe doa
a qualidade
a palavra tenta
em diversos
mas não consegue
esta noite, por azar
uma marcha fúnebre
me persegue
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